Governo federal reconhece emergência em 65 municípios do RN por causa de seca; veja lista
23/10/2025
(Foto: Reprodução) Seca atinge mais de 140 municípios do RN, segundo o governo do estado
Assecom/Governo do RN/Divulgação
A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil publicou no Diário Oficial da União desta quinta-feira (23) o reconhecimento da situação de emergência em 65 municípios do Rio Grande do Norte afetados por estiagem prolongada.
A medida atende à solicitação encaminhada pelo governo do estado, que havia requisitado o reconhecimento para um total de 147 municípios potiguares.
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Segundo o governo, os demais municípios não incluídos na publicação já possuíam decretos de emergência vigentes, emitidos anteriormente pelas próprias prefeituras, o que dispensou nova homologação federal.
O reconhecimento federal garante apoio nas ações emergenciais de convivência com a seca, como o abastecimento de água potável, a perfuração e instalação de poços e o transporte por carros-pipa, além das ações voltadas à redução dos efeitos da seca às atividades econômicas.
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“O decreto estadual contemplou 147 municípios, mas ao consultar a plataforma da Defesa Civil, identificamos que 73 deles já possuíam reconhecimento federal vigente, emitido por decretos municipais. O reconhecimento depende do preenchimento do Formulário de Informação de Desastre (FIDE), realizado por cada município. Esses 65 municípios reconhecidos agora foram os que preencheram o formulário e não tinham reconhecimento federal ativo ou estavam no fim da vigência”, explicou o coordenador da Defesa Civil Estadual, tenente-coronel Fonsêca.
De acordo com ele, o estado chegou a 130 municípios com reconhecimento vigente atualmente.
Situação de seca no RN atinge 147 municípios
"Alguns municípios, no entanto, não foram reconhecidos por questões técnicas, justamente por não terem preenchido o Formulário de Informação de Desastre, que é requisito obrigatório para o reconhecimento federal”, explicou Fonsêca.
Municípios com emergência reconhecida pelo governo federal
Acari
Água Nova
Alto do Rodrigues
Antônio Martins
Apodi
Barcelona
Bento Fernandes
Boa Saúde
Bodó
Bom Jesus
Coronel João Pessoa
Cruzeta
Doutor Severiano
Encanto
Equador
Francisco Dantas
Guamaré
Ielmo Marinho
Ipanguaçu
Itajá
Itaú
Jandaíra
Jardim de Angicos
João Câmara
José da Penha
Lagoa de Velhos
Lagoa Salgada
Macaíba
Major Sales
Marcelino Vieira
Maxaranguape
Monte Alegre
Mossoró
Nova Cruz
Olho-D`Água do Borges
Ouro Branco
Pedra Grande
Pedro Avelino
Pendências
Pilões
Portalegre
Porto do Mangue
Pureza
Rafael Fernandes
Riacho da Cruz
Ruy Barbosa
Santana do Matos
São Bento do Trairí
São Francisco do Oeste
São José do Seridó
São Miguel do Gostoso
São Pedro
São Vicente
Serra Caiada
Serra do Mel
Serrinha
Serrinha dos Pintos
Sítio Novo
Taipu
Tenente Ananias
Tibau
Timbaúba dos Batistas
Touros
Venha-Ver
Vera Cruz
Ações contra a seca
Segundo o governo do estado, uma série de ações de planejamento e execução de obras foi adotada para mitigar os efeitos dos baixos índices de chuva em quase todo o estado.
Entre as providências previstas, estão a perfuração e instalação de 500 poços artesianos até abril de 2026, dos quais mais de 100 unidades já foram perfuradas; construção de quase 2.500 cisternas, com obras em andamento, e ações para dessedentação animal e ração com preço subsidiado.
Estado decretou situação de emergência no dia 1º de outubro
O Governo do Estado decretou situação de emergência em 147 municípios por meio do Decreto nº 34.946, de 1º de outubro de 2025, assinado pela governadora Fátima Bezerra e publicado no Diário Oficial do Estado de 2 de outubro.
O decreto contempla 71 municípios localizados em áreas de seca classificada como grave, por escassez de chuvas e redução dos volumes hídricos nos principais reservatórios públicos.
A decisão estadual foi embasada em relatórios técnicos da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), da Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern), da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Pesca (SAPE) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn).
De acordo com a Emparn, a estação chuvosa de 2025 (janeiro a junho) apresentou índices 16,1% abaixo da média esperada, com maior severidade nas mesorregiões Central (-24,5%) e Agreste (-20,4%).
A redução pluviométrica afetou a recarga hídrica de açudes e poços e impactou diretamente a produção agropecuária e o abastecimento das comunidades rurais.
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