Homem que matou árbitro em partida de futebol na Grande Natal é condenado a 25 anos de prisão
Árbitro João Marques morreu após ser baleado em partida em Macaíba
Reprodução/Inter TV Cabugi
O homem que atirou e matou o árbitro João Marques Pereira, de 57 anos, durante uma partida de futebol em Macaíba, na Grande Natal, foi condenado a 25 anos e 6 meses de prisão. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), autor da denúncia.
O caso aconteceu no dia 9 de setembro de 2023. Laércio Pedro da Silva efeuou pelo menos dois tiros de arma de fogo contra João Marques Pereira, que morreu após ficar mais de dois meses internado.
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Laércio Pereira da Silva foi condenado por homicídio qualificado pelo motivo fútil, por recurso que dificultou a defesa e ainda pelo crime de porte ilegal de arma de fogo.
A decisão é para o cumprimento da pena em regime inicialmente fechado. O mandado de prisão contra o condenado foi expedido após a decisão.
A Justiça negou o direito do condenado recorrer em liberdade, com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a soberania dos veredictos do Tribunal do Júri autoriza a imediata execução da condenação.
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O crime
O crime aconteceu após uma discussão banal em uma partida de futebol, segundo o Ministério Público, no distrito de Lagoa do Mato, em Macaíba.
Após o crime, Laércio tentou fugir, mas acabou preso pelos agentes da Força Tática que seguiam em direção à ocorrência e encontraram o acusado em fuga em um carro, no sentido contrário. O homem confessou o crime.
Um revólver calibre 38 também foi apreendido, com quatro munições intactas e duas deflagradas.
Internação durou dois meses
João Marques Pereira, que era árbitro assistente, sofreu por mais de dois meses após os disparos, ficando paraplégico, perdendo um rim e evoluindo com infecção generalizada e falência de múltiplos órgãos, "o que impôs um sofrimento atroz e prolongado", segundo o MP.
O árbitro faleceu em 14 de novembro daquele ano, deixando cinco filhos órfãos, o que gerou grandes dificuldades financeiras para a família, informou o MP.
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